
O Fluminense provou contra o América do México porque é o atual campeão brasileiro. Não que tenha sido o melhor jogo de todos, mas a vitória foi conquistada no laço, no peito e na garra, como deve ser sempre em decisões de Libertadores.
Decisão sim, porque nada está resolvido. O tricolor carioca ainda precisa de 100% de aproveitamento nas próximas rodadas da primeira fase para ter chance de conseguir uma das vagas para as oitavas. E nada de errado que acontece hoje nas Laranjeiras irá desaparecer, mesmo com a classificação.
Só fiquei chateado com uma coisa: parte da torcida resolveu crucificar Muricy Ramalho, questionando sua falta de ética, xingando o ex-técnico de traíra e amarelão.
Não existe falta de ética em um mundo tão poluído como o futebol. Não existe ética, vamos ser sinceros. Existe decência, honestidade, dignidade, competência. Também existe sordidez, canalhice, falta de escrúpulos e de transparência. Aliás, como em quase todo segmento mercadológico que conhecemos.

Amarelão então, não dá para concordar. Como um cara que consegue ir até o fim e se sagrar campeão brasileiro pelo mesmo clube em 3 anos seguidos, mesmo tendo seu trabalho questionado por parte da torcida e dos conselheiros do clube por muitas vezes, pode ser considerado amarelão?
O único erro de todos que Muricy pode ter cometido foi de abandonar o barco da Libertadores antes da hora. Mesmo assim, não julgo a decisão dele porque não sei o que de fato aconteceu nos dias em que antecederam o clássico contra o Flamengo.
A vitória de ontem foi 90% do time que estava em campo, do atual técnico e comissão técnica, além do guerreiro torcedor tricolor que foi até o Engenhão para sofrer com a partida.