terça-feira, 25 de maio de 2010

Ah, que inveja boa...

Estamos a 16 dias da Copa e a empolgação vai tomando conta de tudo e de todos. O verde e o amarelo já fazem parte de todos os figurinos e tudo gira em torno da seleção. Para nossa sorte, a publicidade brasileira sabe como poucas se apoderar desse clima. Que os profissionais brasileiros dão um banho de criatividade todo mundo já está cansado de saber.
Por que estou dizendo isso? Porque tive essa certeza hoje à tarde, vendo os argentinos comemorarem a despedida da seleção, de malas prontas para a África após o chocolate dado nos canadenses. Vocês já viram com certeza aquela propaganda em que os hermanos estão todos trajados e prontos para verem seus craques, quando vão se “abrasileirando” à medida que vão abrindo latinhas de uma cerveja “canarinho”. O desejo de se transformarem em brasileiros vai se tornando real, dando fim à nostalgia e aos mullets tipicamente portenhos.
Foi exatamente essa inveja que senti hoje, mas no sentido contrário. Não precisei abrir nenhuma garrafa de vinho “made in Buenos Aires” para torcer pelos arquirrivais, muito menos cortar o cabelo ou falar castelhano. Foi natural me pegar vibrando com as tabelas de Maxi Rodriguez, Tevez e companhia no jogo de celebração do bicentenário da independência. Na verdade, fiquei com inveja. Mas não qualquer invejinha, foi daquelas de doer o peito.
Claro que golear o Canadá por 5 a 0 em pleno Monumental de Nuñez não quer dizer muita coisa, mas fico pensando: Não é que o Diego “doido” Maradona tem toda razão em querer mostrar aos fanáticos torcedores argentinos que a seleção deles vai jogar para frente, não importa como? O time não é nenhuma maravilha e pode decepcionar na África, mas que tenta jogar bonito, ah isso tenta.
Fiquei surpreso quando vi a convocação de Dom Diego há semanas atrás, com 6 atacantes e 2 meias ofensivos. Pensei comigo: como ele vai colocar tanta gente para atacar? Pra quê levar Martin Palermo com seus 36 anos e descartar Cambiasso, Zanetti e outros bons “medio campistas” de fora? A resposta é simples: talento. Os caras terão talento de sobra e não poderão reclamar do técnico caso sejam eliminados. Os argentinos estão dispostos a jogar bonito e farão a alegria dos apaixonados pelo futebol, conquistando a simpatia de outras torcidas com o passar dos jogos.
Agora fica outra pergunta: será que nossos jogadores também conseguirão tal façanha? Será que o futebol “vitorioso” dos parceiros do Dunga também vai encher os olhos do mundo? Mesmo com 7 “volantes”? Será? Se eu tivesse que apostar, sei não... Vamos sofrer as agruras de um time pouco ofensivo. Só torço para que não seja “inofensivo”...

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