sexta-feira, 2 de julho de 2010

Davi Villa sim. Cristiano Ronaldo não

Não foi um jogaço de bola, mas a Fúria parece ter espantado o fantasma com a vitória maiúscula diante de Portugal. Quem assistiu o duelo deve ter percebido que Vicente del Bosque não precisa fazer o esforço monumental que Carlos Queiróz é obrigado a cada jogo decisivo.
Os gajos fazem um bom conjunto e a geração atual é uma das melhores que nossos irmãos de sangue têm em toda a história. Mas, na prática, é Cristiano Ronaldo, Deco e mais nove. Quando o luso brasileiro não joga então, fica tudo bem difícil.
Não estou dizendo aqui que a Espanha jogou muito melhor e massacrou os portugueses nesse último jogo das oitavas. Para quem tem dúvidas de como foi o jogo, é só pegar o placar. O 1 a 0 foi o bastante pelo que as duas seleções apresentaram em campo. O que decidiu foi o conjunto da obra. A Espanha tem mais opções de jogo, alternativas para cada momento que a partida oferece. Já Portugal depende demais do talento de Ronaldo em quase todas as horas.

E o talento não apareceu quando tinha que aparecer, diferente do Villa, do Tevez, do Klose, do Luis Fabiano...

Paraguai confirma supremacia sulamericana
Não assisti a Japão e Paraguai. Pra ser honesto, vi o segundo tempo da prorrogação e o drama das penalidades. Posso falar, deu pena dos japas. Apesar de achar que eles chegaram onde tinham que chegar, me bateu uma pontinha de dor pela minha herança genética.

Eu explico: quem me conhece, sabe da minha descendência oriental, herdada da família materna. Sou mestiço, com cara de índio na verdade. Já fui chamado de “chico” nas ruas de Santiago, mas tenho muito mais personalidade japonesa do que latina.

Esclarecendo a confusão, desde que a Copa começou tenho torcido orgulhosamente para que todos os nossos vizinhos sobrevivam até a semifinal. Seria uma beleza colocarmos juntos todos os europeus no lugar deles. Mas não posso mentir, a seleção da Terra do Sol Nascente me empolgou como poucas equipes de menor expressão. Na hora H, fiquei na corda bamba, em cima do muro, de mãos atadas... Não torci de verdade pra nenhuma das duas, mas acho que a melhor acabou passando...

Comparo a surpresa e alegria de ter visto os japoneses nessa Copa com as boas apresentações dos Estados Unidos na África do Sul, de Camarões na Itália em 1990 e Senegal e Coréia do Sul em 2002.

Que o poder dos ninjas estejam convosco para mais um Mundial. Até 2014, amigos!

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