quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

QUE INTERNAZIONALE, QUE NADA...

Horas atrás, tive que decidir qual das 2 partidas eu acompanharia pela TV, a do Manchester em Marselha ou a do Bayern em Milão. Escolhi assistir a segunda e o pessoal da ESPN Brasil me convenceu depois que fiz a opção correta. Melhor ver um jogo disputado do que um insosso. Não que tenha sido um jogão de bola, mas até que deu pra curtir Internazionale e Bayern, 1ª partida das oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Europa.

Já para decidir a quem torceria, não tive problemas. Após o término do reinado de Falcão na Roma e do fim da era mágica de Careca e Maradona no Nápoli, me rendi aos encantos dos holandeses que jogavam no Milan no fim da década de 80 e esse amor ao “rubro negro” italiano só cresceu com as atuações de Cafu, Serginho e, mais recentemente, de Kaká. Dito (ou escrito) isso, fica fácil entender porque sinto uma enorme antipatia pela Internazionale.

Já o Bayern sempre foi meu predileto na Alemanha, apesar de não ligar muito para o futebol daquelas bandas. Quando era garoto, lembro de ter torcido muito para a seleção germânica por causa de um “tal” Rummenigge e do grande defensor Paul Breitner, histórico zagueiro da principal equipe de Munique. Breitner era um dos craques daquele time e fez o gol alemão na final da Copa de 82. Pena que a Itália do maldito Paolo Rossi foi a campeã da Copa do Mundo em gramados espanhóis há quase 30 anos.

O JOGO

Voltando ao presente, vejo um jogo bem corrido nos primeiros 10 minutos, com maior presença do ataque italiano. O poderio ofensivo alemão só desperta depois que o holandês Robben começa a visualizar seu companheiro francês Ribéry escapando da boa marcação da defesa italiana.

A partir daí, o Bayern começa a gostar do jogo. Ao contrário do setor ofensivo da Inter, que pára em campo. Aos 19 minutos, o recém contratado meia Luis Gustavo chuta de fora da área e quase pega Júlio César de surpresa. Resposta imediata da Inter: Eto’o cai na área após driblar 2 defensores alemães e reclama de pênalti, ao meu ver inexistente.

Dois minutos depois, o jogo ferve. O meia do Bayern Luís Gustavo, de novo, assusta a meta milanesa com chute forte da intermediária. Em contra-ataque armado pelo brasileiro Maicon, a bola chega até o italiano Cambiasso que dá o troco, mas perde gol feito quase dentro da pequena área.

A essa altura, o Bayern estava melhor em campo. Franck Ribéry acerta a trave em cabeçada, após cruzamento perfeito de Robben. O meio campo e ataque italiano tentam reagir, mas a marcação do Bayern é forte e eficiente. O holandês Sneijder, camisa 10 da equipe italiana e destaque da última Copa, quase não consegue manter o domínio da bola e aparece bem pouco no jogo.

Depois de alguns momentos mornos no Giuseppe Meazza, a partida quase tem seu placar inaugurado. O camaronês Samuel Eto’o faz jogada típica, se livra da marcação de 2 defensores do Bayern e só não marca porque o goleiro Thomas Kraft está em noite inspirada.

Os últimos 15 minutos são disputados, mas sem muita emoção. Muita correria, jogo truncado e sem brilho de ambas as partes. Destaque apenas para duas chances desperdiçadas pela Inter, com Sneijder e Maicon, não oferecendo muito perigo ao jovem goleiro da equipe alemã.

Nos primeiros segundos da etapa final, Thomas Muller quase marca o primeiro gol depois de resvalar a cabeça na bola e pegar Júlio César desprevenido. Dez minutos depois, a partida parece finalmente engrenar: Cambiasso perde gol feito após rebote do goleiro em chute de Eto’o. O Bayern contra-ataca e Robben carimba a trave.


Chegamos na metade do segundo tempo. A posse de bola da equipe alemã continua maior, mesmo com a manifestação da torcida milanesa, que tenta incentivar o time do técnico Leonardo a reagir contra um cenário desfavorável. Eto’o, Sneijder e Stankovic bem que se esforçam, mas Ribéry e Luiz Gustavo parecem mais acesos na partida. Sem contar que o volante Schweinsteiger se mostra muito mais objetivo nas armações do meio de campo do que os argentinos Cambiasso e Zanetti.

Aos 35 minutos, o empate sem gols se justifica pelas muitas faltas no setor de meio campo, algumas até um pouco bruscas. O confronto de ida das oitavas segue morno, eis que Eto’o (quase sempre ele) faz um passe a Stankovic na direita. O atacante bate em direção a pequena área, mas a bola é rebatida por Kraft e afastada por Luis Gustavo.

Nos minutos finais, o jogo ganha um pouco mais de velocidade, com as duas equipes dispostas a tirar um dos zeros do placar no desespero. Por jogar em casa, o time milanês mostra mais disposição. Sneijder bate falta com desvio na barreira, levando perigo aos 39 minutos. Thiago Motta cabeceia bem em escanteio cobrado na sequência, obrigando o jovem goleiro do Bayern a realizar difícil defesa.

Mas, a noite é do Bayern: quase nos acréscimos, o holandês Robben abre espaço e bate de longe, Júlio César rebate bola relativamente fácil e o centroavante Mário Gomez só encosta para colocar a bola no fundo do gol.
Final: 1 a 0 para os alemães, sorriso no rosto deste que vos escreve e felicidade ao apresentador Rodrigo Rodrigues e aos demais participantes do Bate Bola da ESPN Brasil. Enfim, um gol para poder abrir a segunda edição do noticiário com estilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails